poderíamos
invocar os outros sentidos;
fragmentá-la e seguidamente distribuí-la por outros compartimentos,
de modo a que nenhum deles ficasse totalmente cheio.
ser cheio dói e torna-nos gavetas vazias.
poderíamos comprimi-la, amarrotá-la e despi-la da sujidade que é.
porém, o condicional é uma tentativa falhada.
é impossível esquecer a intensidade e a ferocidade
com que o real se dilata nas nossas mentes,
ecoando como som de fraca amplitude.
há que tapar o mundo sensitivo.
há que o enterrar num cemitério
pertencente a uma terra
que nunca ninguém descobriu cientemente.
fragmentá-la e seguidamente distribuí-la por outros compartimentos,
de modo a que nenhum deles ficasse totalmente cheio.
ser cheio dói e torna-nos gavetas vazias.
poderíamos comprimi-la, amarrotá-la e despi-la da sujidade que é.
porém, o condicional é uma tentativa falhada.
é impossível esquecer a intensidade e a ferocidade
com que o real se dilata nas nossas mentes,
ecoando como som de fraca amplitude.
há que tapar o mundo sensitivo.
há que o enterrar num cemitério
pertencente a uma terra
que nunca ninguém descobriu cientemente.
©Mariana
Ambrósio
2 comentários:
Quero mais poemas teus... já.
Já sei que tens mais poemas bonitos para no dar.
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