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terça-feira, 9 de julho de 2013

Nuno Couto – Quando o talento supera a altura.


Esta historia bem que podia começar assim: Era uma vez um menino que queria fazer teatro Blá blá blá blá…” Eu gostaria mais que a historia fosse assim: “Era uma vez um menino que gostava de vender palavras num sítio mágico que se chama teatro”. Talvez melhor ainda: “O que vai na cabeça do menino Nuno quando faz teatro…” Foi isso que fui tentar saber e com uma surpresa que ele desconhece, é que as perguntas que lhe coloquei não foram formuladas por mim mas sim pelos colegas que com ele compõem o elenco do PAMIR. Eis então a entrevista a oito mãos:
Humberto Fonte - Como vês o PAMIR no futuro, por exemplo daqui a dez anos?
Nuno Couto - Nos grandes palcos de teatro, comigo a contracenar com a minha família, os meus amigos e alguns atores portugueses conceituados.
Rui Fonte - Gostavas que a tua mãe fosse como a personagem da peça "As grutas" (em que tu fazes de filho dela) ou preferes a mãe da vida real? Porquê?
Nuno Couto - Prefiro a mãe da vida real, amiga, brincalhona, divertida... e que às vezes também se zanga.
Inês Couto- Olhando para a tua personalidade, o que te estimulou a fazeres teatro de revista?"
Nuno Couto - O que me estimulou foi a minha vontade de fazer as pessoas rir como a minha mãe, de sentir aquele nervosismo de entrar no palco e de ver aquelas pessoas felizes a assistir.
Zé Artur – O que pensas dos teus colegas de teatro?
Nuno Couto - Os meus colegas são bons atores, que já têm bastante experiência e que são também bons amigos. Se eu preciso ajudam-me, por isso são excecionais.
Renato Marques - Como te sentiste quando subiste pela primeira vez ao palco?
Nuno Couto - Senti-me como todas as pessoas que pisam pela primeira vez o palco. Antes de entrar no palco, senti aquelas borboletas no estômago. Depois da minha primeira fala tudo aquilo passou.
Rui Marques - qual é o legado do António João Pais Miranda que achas que se transmitiu a ti?
Nuno Couto - Tenho pena de não o ter conhecido, deve ter sido um senhor muito simpático. Deixou-me a vontade de divertir e fazer rir as pessoas.
Dores Marques - Que outras personagens, para além da que já assumes, gostarias de representar?
Nuno Couto - Gostaria de representar o Sarapião e o Alfredo, na peça "as grutas", porque acho que eles fazem rir muito, e como já referi numa resposta anterior, é o que gosto mais de fazer. Não só no teatro mas também na vida real.
Celeste Borges - Nuno, sentiste alguma pressão familiar para iniciares a tua participação no teatro?
Nuno Couto - Não fui pressionado para fazer teatro, entrei porque quis. Ninguém me pressiona, mas se o fizessem eu só fazia teatro se quisesse. A minha família nunca falou nisso, eu é que pedi à minha mãe para entrar e representar no Grupo de Teatro Amador Pais Miranda.
Aqui ficam as palavras de um jovem em crescimento de ideias e ideais convictos, eu o chamaria carinhosamente de “meio palmo de gente com um palmo de talento”, por isso Nuno continua a fazer-nos rir até porque Victor Hugo disse um dia que "A gargalhada é o sol que varre o inverno do rosto humano."
©Fernando Neto





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